A Maçonaria é uma instituição
essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e
evolucionista, cujos fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio
do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência
e da investigação constante da verdade. Defende a plena liberdade de expressão
do pensamento, como direito fundamental do ser humano, observada correlata
responsabilidade. Combate a tirania e enaltece o valor demonstrado na prestação
de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade.
Essa introdução já seria suficiente para explicar os
motivos que nos levaram a promover a Homenagem da Maçonaria às Forças
Armadas, uma vez que a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea
Brasileira sempre demonstraram de modo inequívoco, absoluta afinidade de
pensamento e ação com nossas idéias.
Militares!
Bem sabemos e reverenciamos o contínuo labor dos contingentes armados em defesa
da Pátria. As autoridades que destacamos, naquela oportunidade, representaram
cada um e todos os cidadãos fardados que servem nos mais diferentes pontos do
nosso País. Mas não somente estes.
Os homenageados representaram também seus
antepassados, ou seja, os militares que participaram ativamente da História do
Brasil e nos legaram plenas condições para construir um futuro melhor.
Homenageamos, portanto, os militares brancos, negros e
índios que, em Guararapes, no século XVII, uniram-se pela pátria brasileira
para expulsar o invasor holandês.
Homenageamos o Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o
Tiradentes, que foi imolado por aspirar uma pátria liberta, igualitária e
fraterna.
Homenageamos os militares brasileiros que expulsaram as
tropas portuguesas do Rio de Janeiro, em 1822, e as derrotaram, na Bahia,
consolidando a nossa independência.
Homenageamos os militares que, como o Irmão Caxias,
debelaram as revoltas do período imperial com fraterno espírito de humanidade,
não reconhecendo os revoltosos como inimigos e sim como compatriotas a serem
reincorporados à Nação. Foram esses militares os maiores responsáveis pela
união da América lusófona e pelo vasto território que hoje desfrutamos.
Homenageamos os militares que, como os Irmãos Caxias,
Osório, Jaceguai e tantos outros, defenderam a Pátria do ditador Solano Lopez,
na sangrenta Guerra do Paraguai, evitando a perda de parcela significativa dos
atuais estados do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul.
Homenageamos os militares que se recusaram a perseguir
os negros escravos, influenciando decisivamente a total abolição da
escravatura, em 1888.
Homenageamos os militares que, como os Irmãos Deodoro
da Fonseca, Floriano Peixoto, Eduardo Wandenkolk, Benjamin Constant e tantos
outros, transformaram o Império em República, propiciando o salto de
modernidade que a Nação exigia.
Homenageamos os militares Tenentes que lutaram contra
os desmandos da República velha, apoiaram o Estado Novo e cruzaram o Atlântico,
integrando a Força Expedicionária Brasileira, para combater a tirania do
nazi-fascismo no velho continente.
Homenageamos os militares que evitaram que o Brasil se
transformasse numa imensa Cuba, tiranicamente governada e à mercê do Movimento
Comunista Internacional. Ou em uma imensa Colômbia, assolada por guerrilhas de
narcotraficantes que, nos dias de hoje, ainda professam anacrônicas ideologias
totalitárias.
Homenageamos os militares que elevaram o PIB brasileiro
da 42ª para a 8ª posição mundial, ao tempo em que construíram a
infraestrutura econômica e social que serviu de base para o nosso emergente
desenvolvimento.
Do mesmo modo, homenageamos os militares de hoje que,
malgrado os parcos recursos de que dispõem, defendem nossa integridade
territorial, apóiam as instituições democráticas e preservam nossas imensas
riquezas naturais de ameaças externas, para usufruto das próximas gerações.
Valores como lealdade, probidade, ética e responsabilidade, tão caros aos maçons,
também são facilmente identificados nos militares, de ontem e de hoje.
O Grande Oriente do Brasil, a maior Obediência Maçônica
do Mundo Latino, tem mais de 2.400 Lojas Maçônicas, em todo o Brasil, somando
cerca de 60 mil filiados ativos. O Grande Oriente do Distrito Federal, Obediência
Distrital, idealizadora e promotora da Homenagem da Maçonaria às Forças
Armadas, é federada ao Grande Oriente do Brasil e conta com 71 Lojas Maçônicas
na Capital da República, somando cerca de 2.200 Maçons regulares. Todavia, se
considerarmos as demais instituições maçônicas, que integram a Confederação
da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB) e a Confederação Maçônica do
Brasil (COMAB), é possível afirmar que o povo maçônico reúne milhares de
famílias, representantes dos mais diversos extratos sociais, nos principais
municípios brasileiros.
A julgar pelas inúmeras manifestações de apoio que
recebemos de todo o País, quero deixar registrado que essa homenagem
representou, sem dúvida, o desejo e a alegria da quase totalidade dos maçons
brasileiros.
Primeiramente, devo agradecer ao Grande Arquiteto do
Universo que é DEUS a oportunidade que nos concedeu de realizarmos tão
significativa homenagem. Rogo para que ELE, na sua infinita misericórdia,
estenda as Suas bênçãos a todos, Maçons e Militares, para que possamos
cumprir o nosso destino.
Quero apresentar, também, os nossos mais sinceros
agradecimentos à Marinha do Brasil, ao Exército Brasileiro e à Força Aérea
Brasileira, bem como aos cidadãos fardados que as integram, por tudo o que
representam para a Nação Brasileira.
Aproveito a oportunidade para fazer, ainda, um especial
agradecimento: ao nosso Eminente Irmão Jafé Torres, Grão-Mestre da nossa
Obediência Distrital, pela feliz idéia de realizar tão comovente homenagem e
pela confiança depositada na Comissão Organizadora do evento, nomeada através
do Ato de nº. 089/2008 – GM, de 05 de dezembro de 2008, designada para
planejar, organizar e executar a nobre missão de reverenciar os integrantes das
instituições da Marinha, Exército e Aeronáutica, revigorando o sentimento cívico
patriótico e cultuando as tradições históricas das Forças Armadas
Brasileiras, em uma Sessão Magna Pública Maçônica.
E por último, não menos importante; agradeço aos Irmãos
da comissão organizadora do evento, aos Irmãos colaboradores, ao numeroso público
presente ao Centro de Convenções Ulisses Guimarães e a todos que
participaram, ativa e efetivamente, da mais “Justa
e Perfeita Homenagem da Maçonaria às Forças Armadas”.
Muito Obrigado!
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